Você conhece o Ato do Bom Samaritano?

Uma ação que sem pensar, pode prejudicar muito a sua carreira

Já dizia o ditado: de boas intenções o inferno está cheio. Pois é, algumas vezes as boas ações podem trazer consequências terríveis e o Ato do Bom Samaritano é um exemplo disso. Assim, cada ação de um profissional da saúde deve ser pensada, avaliada e cuidada, para que uma carreira inteira não seja prejudicada.

Os processos que envolvem erros médicos crescem a cada dia no Brasil e o Ato do Bom Samaritano marca a sua presença em alguns deles. Esse nome é dado para o momento em que um médico se vê obrigado a salvar uma vida fora do seu ambiente de trabalho, como uma pessoa que passa mal em um avião, em meio a um acidente de automóvel ou durante uma tempestade. Essa é a chamada responsabilidade civil profissional.

Em situações como estas, é necessário tomar decisões com muita rapidez, mas que nem sempre terão os resultados esperados. É aí que o problema começa.

Qual a função de um médico?

Ora, essa pergunta parece muito óbvia. Ele salva vidas! Pessoas que buscam por seus conhecimentos para acabar com algum mal que as aflige, solicitam que as salve. O problema é quando a pessoa não pode fazer esse pedido ou a situação impende um atendimento completo, com a boa e velha conversa.

Esse tipo de situação ocorre muito em emergências em meio a um acidente de trânsito, por exemplo, ou durante catástrofes, como furacões, enchentes, deslizamentos etc.

E o médico, por sua vez, faz uso de todos os seus conhecimentos e equipamentos, se tiver algum com ele adequado ao atendimento, para salvar estas vidas que se encontram em situações de risco.

Entretanto, mesmo se tratando de um gesto humano, com atendimento gratuito e emergencial, este profissional pode ser processado.

Para isso, é possível usar a tecnologia a seu favor, se conseguir, como filmar os passos do atendimento, gravar o consentimento do paciente ou responsável, se estiverem em condições. Ter testemunhas que garantam a sua conduta também é uma forma a mais para se resgardar.

Além disso, alguns cuidados a mais devem ser tomados nestas situações, como no atendimento a menores de idade ou a pessoas mentalmente incapacitadas. Em casos que as condições do paciente sejam menos urgentes, o médico deve concentrar seus esforços no consentimento dos responsáveis por estas pessoas.

Entretanto, se existe risco de morte ou grave lesão e perda funcional, o médico tem autoridade e competência para tomar a atitude que melhor for para a sobrevivência do paciente.

Seja qual for o cenário, um atendimento emergencial desta natureza é sempre muito delicado e coloca à prova o equilíbrio e cada ação que o médico tomar.

Imprevistos acontecem, situações de risco também, esteja sempre pronto para fazer o seu melhor e se preocupe apenas em salvar vidas, afinal, essa é a sua vocação.

 

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